Um documento muito importante para a certificação e regularização das empresas que apresentam funções consideradas periculosas é o laudo de periculosidade. Regido pela NR 16, que trata de radiações ionizantes, explosivos e inflamáveis, o relatório avalia se determinada operação ou atividade qualifica os colaboradores para o pagamento do adicional de periculosidade no trabalho.

Apesar de ser uma exigência antiga, muitos administradores, empresários e gestores ainda ficam em dúvida sobre os critérios utilizados para a sua elaboração e a importância no controle e prevenção de riscos.

Neste post, vamos mostrar algumas dicas de como fazer um laudo de periculosidade. Confira!

Mapeie as áreas de risco

A primeira etapa para elaborar um laudo de periculosidade é mapear as áreas de risco existentes na corporação, sempre levando em conta a localização, a quantificação e a identificação dos produtos perigosos, como explosivos e inflamáveis.

Essa parte necessita de muita atenção para verificar a distância do foco de risco em relação aos demais lugares da empresa, tendo em conta que essa área sempre será considerada para fins de periculosidade.

Nessa etapa, é importante fazer anotações e tirar fotos dos vários pontos identificados.

Atente-se para as atividades exercidas no local

Para caracterizar a periculosidade, é essencial ficar por dentro dos tipos de operações desempenhadas pelos trabalhadores. É possível verificar, por meio da NR 16, que alguns tipos de riscos só expõem os colaboradores que lidam diretamente com eles, e outros expõem todos os funcionários presentes na área.

Em postos de reabastecimento de aeronave, por exemplo, os colaboradores que operam na área de risco são considerados como expostos à periculosidade. Já durante o transporte de inflamáveis gasosos e líquidos em caminhão-tanque, somente os ajudantes e motoristas são expostos à periculosidade.

Veja se há a possibilidade de eliminar riscos

Um ponto que merece destaque é que o laudo de periculosidade não se limita a identificar a situação de risco. É importante avaliar as medidas que são implementadas para proporcionar mais proteção aos colaboradores, ação importante para reduzir os danos diante de acidentes.

Nesse caso, os profissionais indicarão o uso de EPIs, além de outras medidas que precisam ser adotadas para aumentar a segurança no trabalho. Não se esqueça de que tudo que é incluído no laudo deve ser fundamentado, com indicação técnica ou legal sobre o tema.

Atente-se para as normas técnicas

Embora existam outras atividades que podem expor os trabalhadores a perigos, somente as atividades e funções descritas na NR 16 e em seus anexos darão direito ao adicional de periculosidade.

Logo, é fundamental que essa etapa seja feita com um grande detalhamento. Isso porque, por meio dessas informações, será realizada uma análise cuidadosa da NR 16 para definir atividades, áreas e funções de risco caracterizadas como perigosas.

Agora que já sabe como fazer um laudo de periculosidade, saiba que ele é importante para verificar as atividades perigosas desempenhadas na corporação. Por isso, não deixe de elaborar o documento, pois caso esteja ausente na empresa, a conduta é penalizada com multa.

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