A superfície dos olhos é lubrificada de maneira constante por uma fina camada de filme lacrimal que apresenta óleo, muco e água, além de substâncias responsáveis pela defesa da visão contra infecções. Em muitos casos, esse filme se torna instável, podendo prejudicar a lubrificação do globo ocular, causando olho seco.
Assim, o problema surge em decorrência do ressecamento da superfície dos olhos, do tecido conjuntivo e da córnea, causado pela falta da produção de lágrima. Com isso, a pessoa pode sentir bastante incômodo na área.
Ficou interessado e quer conhecer as causas da síndrome do olho seco? Então, continue a leitura!
O que é a síndrome do olho seco?
As lágrimas são fundamentais para a saúde ocular. Além de limpar os olhos, elas protegem a região de fatores externos, como microrganismos e partículas de sujeira, sendo responsáveis por lubrificar os olhos.
Com o clima seco e frio, por exemplo, pode ocorrer um comprometimento da produção de lágrima pelas glândulas lacrimais, o que provoca o ressecamento da superfície dos olhos.
Assim, na síndrome do olho seco, há uma diminuição da quantidade de lágrimas produzidas, fazendo com que o olho da pessoa fique irritado, vermelho e seco. Além disso, é possível ter a sensação de que existe um corpo estranho na visão, como pequenas partículas de poeira ou um cisco. O aumento da sensibilidade à luz também é comum.
Quais são os sintomas do olho seco?
De modo geral, os sintomas da síndrome do olho seco podem se tornar mais intensos ao fim do dia, após o uso de computador e celular, ou ao se expor em ambientes com ar-condicionado e vento.
O problema, que é mais predominante em pessoas acima de 40 anos, afeta principalmente pacientes que trabalham durante um longo período em frente ao computador. Os principais sintomas são:
- lacrimejamento constante;
- aumento da sensibilidade à luz solar (ou fotofobia);
- sensação de areia ou de corpo estranho nos olhos;
- ardor nos olhos;
- coceira;
- irritação e vermelhidão nos olhos.
É importante lembrar que, assim que os sinais forem percebidos, é necessário marcar uma consulta com um oftalmologista para que ele possa indicar o melhor tratamento de acordo com o seu caso. Se a síndrome do olho seco não for tratada, poderá progredir para o comprometimento da córnea.
Em casos mais graves, é possível que a visão seja comprometida e, portanto, todo o cuidado é necessário.
Quais são as causas do olho seco?
Por ser um problema multifatorial, a síndrome do olho seco não apresenta somente uma causa específica. Diversas situações ambientais, determinadas doenças e uso de alguns medicamentos podem vir a provocá-la.
Algumas das principais causas são:
- medicamentos — o uso de antidepressivos, anti-hipertensivos, diuréticos, anticoncepcionais e anti-histamínicos podem provocar a redução da produção de lágrima;
- fadiga ocular — pessoas que passam um longo período em frente ao computador ou que leem muito diminuem a quantidade de vezes que piscam e podem desenvolver a síndrome do olho seco;
- lentes de contato — a lente de contato consiste em uma estrutura esponjosa que necessita de hidratação para ser bem tolerada. Como ela se utiliza de parte das lágrimas produzidas, pode levar a um ressecamento ocular;
- alterações do piscar ou palpebrais;
- ambiente — clima seco, fumaça, vento e ar-condicionado;
- doenças — deficiência de vitamina A, queimaduras oculares, lúpus eritematoso, alergias e artrites;
- idade — a partir dos 65 anos, a produção lacrimal diminui bastante em comparação com pessoas de 18 anos;
- alergia ocular.
Como é feito o diagnóstico do olho seco?
Existem várias técnicas que ajudam a diagnosticar a síndrome do olho seco. A base de todas elas consiste em o profissional examinar o filme lacrimal e realizar a avaliação do “tempo de ruptura da lágrima”.
Um valor inferior a 10 segundos é sugestivo de falha ou disfunção na qualidade da lágrima. Além disso, existem outros métodos que complementam o diagnóstico.
Teste Rosa Bengala
Nesse teste, há a aplicação de um colírio com propriedade corante e analisa-se a resposta da estrutura externa do olho. Esse corante tem a propriedade de corar as células doentes do epitélio da córnea, sendo essencial no processo de diagnóstico e investigação da doença.
A diferente absorbância (medida da quantidade de luz absorvida) nos pontos normais e secos indica as regiões afetadas.
Teste de Schirmer
No método de Schirmer, o oftalmologista coloca uma tira de papel de filtro na área do fundo do saco conjuntival. Depois de 5 minutos, ele verifica a quantidade de umedecimento dessa tira.
Um valor inferior a 15 mm é considerado indicativo de uma possível doença relacionada ao olho seco.
Qual é o tratamento da síndrome do olho seco?
De modo geral, a síndrome do olho seco não tem cura. Contudo, por meio de um tratamento adequado é possível controlar a doença e ter uma vida normal. O tratamento do problema consiste em aumentar a produção lacrimal, conservá-la por mais tempo e repor as lágrimas que não foram produzidas.
Além disso, o tratamento depende da gravidade da síndrome. Veja algumas opções!
Uso de colírios
Um dos principais tratamentos do olho seco é o uso de colírios. Os componentes presentes no produto são formados por uma propriedade química parecida com as lágrimas naturais.
Logo, eles ajudam a aliviar os sintomas e, normalmente, não apresentam efeitos colaterais.
Uso de anti-inflamatórios
Os anti-inflamatórios contribuem para recuperar a superfície ocular afetada pela falta de lubrificação. Durante esse tratamento, é fundamental que a pessoa evite passar um longo período em frente às telas ou em locais com muita fumaça.
Como prevenir a síndrome do olho seco?
Além de consultar um oftalmologista com frequência para efetuar o diagnóstico do problema, é importante adotar algumas medidas preventivas para evitar o surgimento da síndrome do olho seco. Confira:
- use óculos de sol ao ar livre;
- evite colocar as mãos nos olhos;
- beba muita água;
- use umidificador em tempo seco;
- reduza o tempo diante das telas;
- evite ficar muito tempo em lugares com ar-condicionado.
Agora que já sabe o que é a síndrome do olho seco, suas causas e tratamentos, saiba que é fundamental adotar algumas medidas no dia a dia para prevenir o problema. Além disso, lembre-se de se consultar com um oftalmologista para que ele possa indicar o tratamento mais adequado de acordo com a sua situação!
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